Relato de Experiência: Aplicação da Sequência Didática. 

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL

Campus Vacaria

Licenciatura em Ciências Biológicas

    Confira abaixo o Relato de Experiência da aplicação da Sequência Didática com a utilização do terrário. Clique aqui para visualizar a apresentação.

As atividades com o 7º ano foram realizadas de 11 de novembro a 03 de dezembro, sendo dois períodos de aulas por semana na quinta-feira. Foram ministradas quatro aulas no total. Os objetivos das aulas eram: Compreender as plantas como seres vivos, assim como os animais; Entender-se como um, dentre os diversos seres do planeta; Identificar alguns dos muitos pontos de harmonia e desarmonia dos humanos para com os demais seres vivos; Avaliar a importância das plantas para o planeta; Identificar alguns, dos muitos, impactos da cegueira botânica; Construir um terrário e Registrar as alterações sofridas no terrário ao longo do tempo.

No início das duas primeiras aulas, a turma foi levada para a quadra da escola, onde cada estudante recebeu impresso os textos “As Plantas” (PINHEIRO, 2014) e “O que é um terrário?” (GOMES; LISBÔA, 2021), os textos foram lidos em conjunto, sendo que cada aluno leu uma parte do texto em voz alta. Após a leitura, foi realizado um debate com algumas questões norteadoras: Para que “servem” as plantas? Todas as plantas são iguais? Quais as condições necessárias para a sobrevivência de uma planta? Se você colocasse as plantas em um recipiente fechado elas sobreviveriam? Essas questões serviram como introdução para o tema da aula, que foi o terrário.  

Antes que a construção do terrário começasse de fato, cada aluno recebeu, na forma de texto impresso, o passo-a-passo da construção de um terrário. O bolsista e os alunos leram em conjunto o passo-a-passo, além disso, durante a leitura o bolsista foi respondendo as perguntas que os alunos faziam. Na construção do terrário (Figura 0X) os alunos conseguiram seguir o passo-a-passo com precisão. Para facilitar a construção do terrário, o bolsista levou para a aula terra, areia e algumas plantas, caso os alunos não encontrassem no pátio da escola as plantas para utilizarem no terrário. 

As duas primeiras aulas ministradas foram bastante semelhantes e os objetivos que foram propostos para elas foram atingidos. A maior diferença foi com os grupos, sendo o grupo 1 maior em número, com 14 alunos, e o grupo 2 com 7 alunos. Além disso, o grupo 2 por ser menor em número, que o grupo 1, realizava as atividades com mais facilidade e rapidez. 

Nas duas últimas aulas os estudantes tiveram que fazer um desenho-hipótese (Figura 0X) de como eles acreditavam que os terrários estariam em duas semanas, além disso, eles tiveram que redigir um pequeno texto explicando o desenho que foi feito. Em seguida, o bolsista perguntou aos alunos sobre como estavam os terrários que foram confeccionados nas aulas anteriores, sendo que alguns relataram que as plantas haviam morrido e outros que não tinham notado diferença alguma.

 O bolsista confeccionou outro terrário um dia antes de aplicar a terceira aula e com isso foi realizada uma atividade de comparação entre esse terrário e um outro que foi montado no dia 23 de agosto do mesmo ano. O bolsista induziu os alunos a apontarem as principais diferenças entre os terrários e também que eles dissessem qual era o mais antigo e o mais novo. Quando todos os estudantes já tinham dado as suas contribuições o bolsista revelou as datas que os terrários foram feitas. Na sequência o bolsista explicou para a turma sobre o ciclo da água que acontece dentro do terrário e com isso destacou a importância que as plantas têm para os ecossistemas. 

Ao final das quatro aulas pode-se observar uma evolução bastante considerável nos alunos em relação aos temas abordados nas aulas. O trabalho com o terrário se mostrou bastante eficaz para que os estudantes compreendessem o ciclo da água, visto que, eles puderam visualizar de perto, em menor escala, o que estava acontecendo. Isso fez com que eles se sentissem parte do processo de construção de conhecimento. As aulas proporcionaram a eles momentos ricos de investigação, pois eles a todo momento precisavam se ancorar nos seus conhecimentos já acomodados para compreenderem aqueles que estavam sendo trabalhados com o terrário. Além disso, eles eram instigados a levantarem hipóteses, o que foi muito importante, já que a turma apresentava bastante dificuldades em desenvolver essa habilidade.

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