Análise do Capítulo 8 do Livro Ensinando Biologia por Investigação: propostas para inovar a ciência na escola.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL

Campus Vacaria

Licenciatura em Ciências Biológicas

Cap. 8 Por que as baleias voltaram para o ambiente aquático? Uma investigação evolutiva.

Neste capítulo as atividades propostas tratam sobre a evolução das baleias, especificamente sobre o fato desses animais, em seu processo evolutivo, voltarem ao ambiente marinho. É abordado no texto, ainda, o modo de vida dos peixes teleósteos e tetrápodes e as ideias erradas de que os tetrápodes que retornaram ao ambiente aquático sejam menos evoluídos que espécies do ambiente terrestre, ou estes tenham alcançado seu ápice de desenvolvimento só por serem terrestres.

       Na primeira atividade os alunos farão observações de animais que auxiliarão o professor na introdução do assunto que será estudado. Para isso, seria feita uma visita a um Museu de História Natural ou centro de proteção de animais aquáticos, podendo variar de acordo com o contexto e condição de cada localidade. Não havendo a possibilidade de se fazer as visitas, o professor poderá utilizar vídeos e/ou imagens dos animais que ele quer abordar, além disso, o professor precisa conhecer o local e organizar o roteiro de visita, se for o caso. Os estudantes devem ter a oportunidade de observar mamíferos com hábitos de vida aquáticos ou semiaquáticos. Por isso foi organizado um roteiro, dividido em duas partes, sendo a primeira parte realizada durante a observação e a segunda discutida e realizada depois da atividade de observação. Na primeira parte do roteiro os alunos devem responder duas questões, na primeira eles devem enumerar os animais aquáticos que viram no museu, ou vídeo/imagens, e dizer quais deles eram mamíferos. Na questão dois devem identificar características morfológicas observando os mamíferos aquáticos e semiaquáticos, listados pelo professor, que eles consideram como adaptações para o modo de vida desses animais. Já na segunda parte do roteiro os estudantes devem identificar as características em comum entre os cetáceos e os demais mamíferos, bem como as características exclusivas dos cetáceos. Também será abordado sobre o modo de vida e a morfologia do modelo do Andrewsarchus que o professor mostrará.

           Na segunda atividade será feita uma discussão retomando a segunda parte do roteiro da atividade anterior, sendo o professor o responsável por mostrar a ideia de que o fóssil do Andrewsarchus têm algumas características de animais terrestres que são mantidas pelas baleias atuais, dando a ideia de que elas teriam se originado a partir de organismos terrestres e que foram ocupando o ambiente aquático, tornando-se dependentes dele. A partir disso, a turma será dividida em pequenos grupos que deverão fazer a leitura de um texto que apresenta as hipóteses dos Lamackistas, este de forma breve, e de Darwin sobre a evolução das baleias. Após lerem o texto os estudantes deverão analisar a proposta de Darwin e fazer as considerações a respeito dela. A etapa seguinte dessa atividade consiste em cada grupo levantar três hipóteses tendo como base a pergunta: “Por que as baleias voltaram para o ambiente aquático durante a sua história evolutiva”?

            Já na terceira atividade serão retomadas as hipóteses levantadas na atividade anterior, para que assim seja feito uma triagem, pois podem surgir propostas semelhantes entre si, mas também pode ajudar a turma a ter um panorama geral das hipóteses levantadas. Outro ponto a ser abordado nessa análise são “as evidências necessárias para analisar cada hipótese”, atribuição dos alunos. A busca por evidências deve ser feita em fontes confiáveis, por isso a turma terá o acompanhamento constante do educador. As evidências/dados buscados devem também, de alguma forma, enfraquecer as hipóteses e não somente corroborar com elas. Para auxiliar os estudantes nessa atividade, podem ser desenvolvidos cartões informativos com dados relevantes para a discussão de cada hipótese, para isso serão usados como referência artigos científicos, materiais de divulgação científica, sites de museus e universidades. Para que os estudantes possam compreender o conteúdo dos cartões eles terão um momento reservado para ler, destacar e anotar aquilo que mais lhes chamar a atenção. O professor também poderá promover discussões com a turma sobre o conteúdo dos cartões e ao passo que a discussão se desenvolve ir explicando o significado de cada um deles.

            Na quarta atividade os alunos, ainda em grupo, discutirão as relações que existem entre hipótese e evidência, e registrarão o resultado dessa discussão em um diagrama de hipóteses. O diagrama terá na parte superior a hipótese abordada e será dividido ao meio, sendo um lado dedicado aos dados que fortalecem a hipótese e o outro lado dedicado aos dados que enfraquecem a hipótese. Conforme os estudantes chegam a um consenso, eles deverão colar os cartões que foram utilizados na atividade anterior, seguindo as instruções de funcionamento do diagrama de hipóteses. Já na quinta atividade os diagramas feitos por cada grupo serão apresentados para a turma na forma de um varal, assim todos os alunos poderão visualizar as conclusões a respeito das hipóteses que foram levantadas, podendo ser consensual ou discordante. Também será promovida uma discussão na turma com base numa análise detalhada do varal. Para finalizar as atividades cada grupo deverá escrever um texto dissertativo de forma online, para que o professor acompanhe, destacando como o grupo chegou no consenso a respeito do tema que foi estudado na aula.

Adaptação da Atividade para o Ensino Remoto.

       Para essa atividade seria utilizado o Google Meet para promover as discussões dos alunos, em grupos ou com a turma toda. E como no próprio texto já se levanta a possibilidade de utilização de vídeos e/ou imagens caso não se pudesse fazer uma visita aos locais de estudo, isso seria mantido no ensino remoto, acrescido do Edpuzzle, ferramenta digital que permite editar vídeos de acordo com as necessidades da aula. Nesse caso, as questões seriam introduzidas nos vídeos e os alunos teriam que responder.

         O professor disponibilizaria o texto para os alunos de forma online, ou então eles poderiam buscá-lo na escola, caso não tivessem acesso a ele. A partir disso, as hipóteses de cada grupo deveriam ser escritas em documento online do Google, disponibilizado pelo professor. Os cartões que auxiliarão os alunos na análise das hipóteses poderão ser feitos usando o Canva ou o Google Jamboard, ficando a escolha do professor. Como os estudantes terão acesso aos cartões fica a critério do professor, ou pode ser feito de forma semelhante ao texto. O diagrama de hipóteses será feito em um documento online do Google, com isso os cartões devem ser salvos como imagens, para que possam ser inseridos no documento. Para a última atividade os grupos deverão fazer um mapa conceitual com as suas considerações de como chegaram em um consenso a respeito das hipóteses, lembrando que os grupos deverão redigir um pequeno texto, 10 linhas, explicando como montaram o seu mapa.

Referências:

FRANCO, Luiz Gustavo. Ensinando Biologia por investigação: propostas para inovar a ciência na escola [livro eletrônico] / Luiz Gustavo Franco (Org.). Vários autores. – São Paulo: Na Raiz, 2021.

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