Análise do Capítulo 6 do Livro Ensinando Biologia por Investigação: propostas para inovar a ciência na escola.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO RIO GRANDE DO SUL
Campus Vacaria
Licenciatura em Ciências Biológicas
Cap. 6 Investigando a vacinação e o retorno do sarampo: uma proposta para a educação em saúde em tempos de pós-verdades.
As propostas de atividades neste
capítulo são voltadas para, de acordo com os autores, a interação das células
com o ambiente externo a elas, tratando especificamente de vacinas e o surto de
sarampo que acometeu o Brasil nos últimos anos, doença essa que já havia sido
erradicada no país. Além disso, no texto aponta-se o movimento anti-vacina,
associado às fake news e o
negacionismo como as possíveis causas do sarampo ser uma doença reemergente. A
internet se mostra como peça chave para os negacionistas, anti-vacinas e
disseminadores de notícias falsas, uma vez que nela eles se sentem livres para
opinar e julgar, até mesmo em áreas que não possuem formação alguma.
Na primeira atividade os alunos
ficam a par do assunto que envolve essa problemática, com isso o professor
questiona aos alunos se eles sabem o que é o sarampo, seu agente causador e as
possibilidades de contenção. Baseando-se nisso os alunos deverão trabalhar em
grupo analisando textos que tratem do tema. Os textos foram retirados do site
do Ministério da Saúde e de veículos de comunicação confiáveis, pois o objetivo
dessa primeira abordagem é fazer os alunos estudarem sobre a doença. Após as
leituras os estudantes devem apresentar os dados que coletaram dos textos,
solicitados pelo educador, como as formas de infecção, prevenção, tratamento e
os sintomas presentes no contágio. Aqui o professor aproveitará para abordar as
questões que envolvem a vacinação e a sua relação com o sarampo. Na segunda
atividade o educador levantará a questão: “se a vacina previne e é utilizada no
sistema de saúde público do país, por que têm ocorrido surtos de sarampo?” A
partir disso os alunos discutirão em grupo trazendo os dados que foram tratados
na atividade anterior para tentar responder ao questionamento feito. Os grupos
devem elaborar hipóteses e depois apresentar para toda a turma. Essas hipóteses
foram divididas em quatro grupos em uma tabela onde se analisará as relações da
vacina com os casos emergentes de sarampo.
Já na terceira atividade os
estudantes terão contato com diferentes tipos de informações, de diferentes
“veículos”: blogs, reportagem, site de divulgação científica e artigo em
periódico científico. Os alunos deverão discutir as hipóteses levantadas sobre
os casos de sarampo e a vacinação ou a falta dela. Além disso, o educador deve
fazer com que eles levantem argumentos contra ou a favor das vacinas, para isso
os dados serão coletados em artigos, revistas científicas ou reportagens.
Ainda, os educandos devem analisar como cada veículo apresentou as informações
seguindo as instruções dadas pelo professor: quem são os autores, evidências e
dados que sustentam as ideias deles, citação de instituições científicas e
cientistas, e por fim a consideração dos alunos se os textos são adequados para
disseminação de informação sobre o sarampo para a população.
Na quarta atividade, divulgação do que foi aprendido, a proposta é que os alunos façam uma thread (segue o fio), inspirada naquelas feitas no Twitter, apresentando o que eles aprenderam e também com o intuito de explicar melhor o assunto para outras pessoas. Isso também é uma forma de aproximar o que foi trabalhado na aula com o cotidiano deles próprios. Cada thread deve ser apresentada para a turma para que todos possam ver cada uma das hipóteses levantadas, ideias de cada indivíduo. Eles ainda escolherão qual delas deve ser postada na internet. Para finalizar cada grupo irá redigir um texto informal voltado para um grupo de WhatsApp ou outra rede social, esse texto deve conter a função da vacinação, possíveis efeitos colaterais e os perigos que a população corre quando nem todos se vacinam, as fontes devem estar presentes no texto.
Adaptação da Atividade para o Ensino Remoto.
As adaptações feitas para o ensino remoto seriam mais evidentes nas discussões, uma vez que não poderiam ser feitas de forma presencial. Então esses momentos de troca de informação e formulação de hipóteses seriam feitas em reuniões online (Google Meet, Zoom, etc). No caso das apresentações fora dos grupos, para a turma toda, seria utilizado o Google Jamboard onde cada grupo deverá montar as suas apresentações seguindo o modelo do professor. Além disso, como a ferramenta permite o compartilhamento online das atividades, o professor e os alunos podem interagir à medida que desenvolvem o trabalho. Os estudantes deverão desenvolver postagens, nos moldes do Instagram, semelhantes as threads do Twitter, eles devem ter o cuidado de deixar as postagens dinâmicas e interativas, para que fiquem fáceis de entender e que alcancem um público maior.
Referências:
FRANCO, Luiz Gustavo. Ensinando Biologia por investigação: propostas para inovar a ciência na escola [livro eletrônico] / Luiz Gustavo Franco (Org.). Vários autores. – São Paulo: Na Raiz, 2021.
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